Embora as mulheres não tenham mais doenças cardiovasculares do que os homens, elas estão em maior número quando o assunto é a fatalidade por doenças isquêmicas do coração. Um artigo publicado no Arquivos Brasileiros de Cardiologia mostra que para a população acima dos 30 anos, 29,5% das mulheres morrem por essas complicações e 23,35% para os homens.
O coração da mulher bate mais vezes por minuto do que o do homem, isso acontece devido à estrutura de seus corpos: com a caixa torácica e o coração menores, as batidas acabam sendo mais rápidas do que as do homem, mesmo que tenham a mesma demanda de oxigenação, esses fatores causam um esforço ainda maior.
Como se não bastasse, ainda temos os principais fatores de risco, que atingem homens e mulheres. Entre eles estão o tabagismo, o alto colesterol, a hipertensão arterial, sedentarismo, sobrepeso e obesidade, diabetes desregulada e a alimentação inadequada.
Todos esses fatores podem ser modificáveis: embora o estilo de vida moderno favoreça para que tenhamos vidas cada vez menos saudáveis, tudo é uma questão de hábito. Uma boa alimentação e a prática diária de atividades física já um excelente começo.
Além dos fatores de risco, outras ameaças podem deixar a saúde cardiovascular da mulher mais vulnerável. O estresse é um deles, já que ele provoca a liberação de toxinas inflamatórias que, a longo prazo, podem aumentar as chances de complicações cardiovasculares. Uma pesquisa realizada pela revista PLoS ONE estudou 22 mil mulheres, no período de 10 anos, e puderam concluir que as que sofriam mais estresse tinham 40% mais chances de ter um ataque cardíaco fatal do que as outras.
Mas é preciso estar consciente! As complicações cardiovasculares se tornam mais comuns com o avanço da idade, ainda mais se há histórico familiar. Tenha consultas regulares com o cardiologista, trate as doenças e leve uma vida saudável. Assim você não só cuida do seu coração, como também da saúde geral do seu organismo.