Especialista orienta sobre quais medicamentos podem agravar a insuficiência cardíaca
Você provavelmente conhece alguém que já tomou algum remédio sem passar antes por um especialista, certo? Geralmente isso acontece com medicamentos de venda livre, pois o paciente acredita que por estar disponível para compra, sem prescrição, é seguro fazer o uso.
Porém, existem medicamentos – vendidos sem receita ou fitoterápicos – que podem agravar a insuficiência cardíaca, ou seja, o coração encontra dificuldade para bombear o sangue que vai atender as necessidades do corpo. De acordo com o DataSUS, a insuficiência cardíaca é uma das principais causas de internações no Brasil, sendo somente em 2018, mais de 200 mil pacientes internados e mais de 22 mil mortes.
“Pacientes que já utilizam remédios para o coração, precisam redobrar os cuidados, pois dois ou mais medicamentos podem reagir entre si, causando um efeito colateral inesperado. Alguns medicamentos de venda livre podem fazer a pressão arterial subir, ou então, atrapalhar o efeito do remédio usado para o funcionamento do coração. Os anti-inflamatórios não esteroides, por exemplo, como a aspirina, comercializados sem receitas, precisam ser avaliados pelo médico, caso o paciente tenha uma doença cardíaca”, explicou o cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Junior.
Outros medicamentos simples, como os que tratam azia e dor, podem levar a retenção de líquido e agravar a saúde do paciente. Já os que são fabricados à base de ervas, podem afetar o metabolismo dos medicamentos para insuficiência cardíaca. Porém, existem várias formas de tomar medicamentos, com ou sem prescrição, com segurança.
“Paciente que já apresenta doença cardíaca, deve se informar com o médico o que é preciso evitar quando receber uma prescrição de um novo medicamento. Mantenha todos os especialistas que cuidam da sua saúde, informados sobre sua doença cardíaca e sobre os medicamentos que utiliza diariamente. Além disso, mantenha os remédios em suas embalagens originais, assim ficará mais fácil identificá-los”, finalizou Dr. Elcio Pires Junior.